segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010



















[Ar]risco tua pele eriçada...
Tateio desejos infindos!


Branca

Quereres

Quero o riso
Brisa fresca

Leveza de alma
Amor e calma

Quero sim e não
Em seus lugares

Bagunçar o coreto
Cair e levantar

Sorrir ao vento
Gargalhar com meus tropeços

Amores eternos de uma noite
Desejos infindos de minutos

Começar colocando ponto final
Esquecer as reticências problemáticas

Quero leveza
Riso preso no canto da boca numa segunda

Tudo novo de novo...
Ana Paula Almeida

Surreal

Mil e uma festas dentro de mim
Palavras celebram a alma

Tenho mania de viagem
Por vezes me pego assim, viajante passional

Habitante do paraíso existente no imaginário
Surpreendo-me sentindo o gosto do vento

Provando a leveza da alma
Tocando o abstrato

São dias que acordo em lugares estranhos
Daqueles que não estão nos roteiros das agências de viagens

E que são verdadeiros paraísos
Que fotografias não mostrariam

Viagem gratuita
De prazeres infindos

Viajo só e apaixonada
Sem música nem nada

Em dias assim, mergulho no prazer
Olhos fechados, percepção latente

São dias que dispensam outrem
Egoístas sensações, olhares, prazeres

Dias de me achar e me perder
Tudo com sua devida hora e importância

Momentos em que me basto incompleta
Saio de mim para o melhor que poderia encontrar

Faço meu samba
Coreografo meu prazer

São desses dias em que se agradece por viver
Qualquer lugar é paisagem, qualquer som a melodia perfeita

O coração faz festa, a razão tira férias
E a consciência se ausenta

Qualquer ventinho é arrepiante
Uma frase vira poesia

Dias de beleza interna
Amor espontâneo

O mundo dança comigo
O ritmo é livre, alma solta

Ah, dias como esses são orgasmos naturais
Fartos prazeres surreais

Leveza de ser, estar, sentir
Dias assim são curtos...

Tem o tempo suficiente para no despertar
E nos deixam de presente a leveza gostosa do simples

Momentos de paixão solitária
Satisfação da alma

Dias assim deixam saudade
Legado inesquecível

Depois que os pés voltam ao chão
Reconhece-se a pedras que lá estão

Mas a alma...
Essa não volta ao seu tamanho!


Ana Paula Almeida
22/02/2010


Bom dia...

Negro menino
Habite-me

Eu na tua
Tu em outra

Desejos que se fundem
Sentimentos intrusos

Incertezas, prezeres
Peles e cheiros

Carne viva
Corações secundários

Desejo e descontrole
Deseja-se o descontrole

Momentos de quereres
Querer o "não envolver-se"

Intante, instantes
Loucura, loucuras

Deixemo-nos "nos perder"
Infinito desejo, toques únicos

Consciência se aproxima... fina,inquietante
Desejo se vai,esvairindo "á francesa"

Bom dia negro menino
Desabite-me,o sol chegou

E com ele o mundo
O despertar do indefinido


Menino negro
Decobriu-me

Desejos negros
Despedida cortante


Ficou em mim...
Contraste de cor...


Sentimento confuso
Vá menino!

O amor pode chegar...
Bom dia!

Ana Paula Almeida

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Espera


A esperança é para ela era da sua cor preferida

Rosa verde guardada dentro do livro de cabeceira


Bem ali, ao lado do travesseiro em que repousa os sonhos

Ao lado dos chinelos em repouso no chão


Lugar que não é onde ela deseja estar

Chinelos brancos, símbolo da paz que tem o anoitecer


Ali estão seus passos,

O trajeto dos dias em direção ao desconhecido


Ela fecha os olhos e enxerga

Antes de dormir, vê seus sonhos


Ainda distantes, mas os vê

Eles ainda estão lá


Boa noite!

Ela fecha os olhos e enxerga...