quarta-feira, 28 de outubro de 2009




Silêncio Noturno

A noite é minha!
É meu o silêncio noturno

De sonhos taciturnos
Me perco entre os muros

A noite é sim minha
Noite de estar comigo

Noite de não ser ninguém
De não agradar

De comigo estar
À vontade

Dentro do um labirinto particular
Bebericar o orvalho da noite

Sonhar que posso
Alcançar o infinito


A noite é minha
E ai de quem duvidar!

Sou noturna
Egoísta, que seja

Desde que eu esteja
No meu mundo de mistérios

É minha a solidão noturna
Me encontro com a lua

Confidencio loucuras com as estrelas
E me vejo parte desse universo

Do silêncio da rua deserta
Escuto o que ninguém mais ouve

A noite é minha
É minha a solidão infinda

Que me embriaga desse não saber
Não me entendo

E meu mistério me seduz
Não ter olhares, ouvidos sobre mim

Falta luz
E o que outrora não via


Salta-me aos olhos como descoberta de criança cientista
Os ruídos da noite me trazem o gosto do desafio

Os dedos espertos anunciam palavras de libertação
O coração diz o que era antes proibido


A noite é minha
Nela me encontro


Ana Paula Almeida

Um comentário:

Anônimo disse...

O blog esta lindo...

Edere.