quarta-feira, 26 de maio de 2010
Ficam os sonhos
Em dias assim me faço estranha
Mente que pensa e não acompanha a alma
Dias de sonhos em preto e branco
De lógicas sem sabor
Atitudes sem paixão
São dias em que estou
Dias de não ser
De morrer por dentro
Para renascer chama miúda
Tímida e desobediente
A esperança que nunca me deixou
Carrega o peso da solidão
Alimenta a alma de mil sonhos
Todos deliciosamente impossíveis
Improváveis se ditos a alguém
Sonhos meus
Me acompanham desde a pequenice
Saíram dos contos de fada
Foram se transformando
Deformando a cada ano
Mas, continuam sonhos
Podem me tirar tudo:
Os prazeres tarifados
O vestido predileto
A beleza
A pele juvenil
Mas os meus sonhos,
Ah, esses ninguém toca
Os carrego aqui no peito
Atrás das cortinas da alma
Me levem tudo,
Mas me deixem sonhar
Não aprendi viver de outra forma
É o meu alimento
Ana Paula Almeida
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Poesia Cênica
Tarde de sol
Encontro de almas
Oito de maio
Mês do ser terreno maior
Ás quatro e alguma coisa
Naquela tarde,
Festa de seres
Rito teatral
Irmãos de alma
Palco de cada ser
Essência compreendida
Gestos em sintonia
Sincronicidade espiritual
Um não entender de mãos que buscam
Vão de encontro ao ser
Individual e compartilhado
Sintonia fina
Sensibilidade em cena
Desfile de invisibilidades
Abstrato inteligível
Nossas almas deram as mãos
Os corações dançaram
Ciranda de palavras mudas
Comunicação ímpar
Gestos singulares
A alma chorou
O ser sorriu
Minha essência era verde(cor predileta)
Dancei o ballet perfeito
Cantarolei o achado em mim
Risos,lágimas
Eis-a aqui
Catarse!
Minha,toda minha...Ah!
Ana Paula Almeida
Assinar:
Postagens (Atom)