domingo, 12 de outubro de 2008


Não mais


E sabe o que mais,
Caros especuladores de minha simplória vida,
Não planejo mais
É isso! "Planos, pra que te quero"?
Não dava certo mesmo
Permanecem os que já havia mentalizado
Fica agora o acaso
Por conta do que virá

Isso, não planejo mais
De que me adianta?
Chega de frustrações

Então, eu programava tudo
Aonde ia, com quem, porque, pra quê
E tudo, pra quê?

Eu assustei com minha vida programada
E é claro, que quando fazia isso,
Inevitavelmente o "inevitável" vinha
E quer saber?
Me surpreendia
E na maioria das vezes, positivamente

Aquele alguém que parecia improvável,
Fora dos padrões dos meus “projetinhos”
Uma proposta sem explicação
Que no final era boa
Um gesto de gentileza de quem eu menos esperava

Por isso, caros acompanhantes de minha pífia vida
Não me programo mais
E aí? Tanto faz
É consciência tranqüila
Fazer o bem
Olhar ao Poderoso com temor
E seguir... sem programar

Se não der...
Não havia programado mesmo...
Sem frustrações, expectativas
Se certo, não sei
Agora é!


Ana Paula Almeida
13/10/2008

Nenhum comentário: