quarta-feira, 26 de maio de 2010



Ficam os sonhos


Em dias assim me faço estranha
Mente que pensa e não acompanha a alma
Dias de sonhos em preto e branco
De lógicas sem sabor
Atitudes sem paixão

São dias em que estou
Dias de não ser
De morrer por dentro
Para renascer chama miúda
Tímida e desobediente

A esperança que nunca me deixou
Carrega o peso da solidão
Alimenta a alma de mil sonhos
Todos deliciosamente impossíveis
Improváveis se ditos a alguém

Sonhos meus
Me acompanham desde a pequenice
Saíram dos contos de fada
Foram se transformando
Deformando a cada ano
Mas, continuam sonhos

Podem me tirar tudo:
Os prazeres tarifados
O vestido predileto
A beleza
A pele juvenil

Mas os meus sonhos,
Ah, esses ninguém toca
Os carrego aqui no peito
Atrás das cortinas da alma

Me levem tudo,
Mas me deixem sonhar
Não aprendi viver de outra forma
É o meu alimento

Ana Paula Almeida

8 comentários:

Anônimo disse...

assim me faço entre-letras em linhas sobrio transito no teu verso com a agua no caule da arvores...sem palavras é sim que voce diz escrevendo e este poema é espelho de mim

Anônimo disse...

Me vi nesses versos!

Anônimo disse...

é madrugada entre em mim estes SEUS versos assim como quem nasce diande do "mar de verso" para a luz do belo este poema me faz acordado em sonho...que perola este poema

PEDROSA

Ju Fuzetto disse...

Lindos Versos!!!

Me encantei...

Boa semana flor!!

beijos

Mariana disse...

linda tua poesia, podem nos tirar tudo ,mas o sonho não, pois é ele q nos dará força para recomeçar.

Mariana disse...

linda tua poesia, podem nos tirar tudo ,mas o sonho não, pois é ele q nos dará força para recomeçar.

Léo Santos disse...

Sei como são esses dias, guria,no inverno de Porto Alegre os dias são praticamente todos assim... Mas o bom são os sonhos, que nos embriagam, nos iludem e nos fazem pensar que somos felizes!

Um abraço!

Anônimo disse...

estou animado neste poema