O senhor da razão
E aquele amor que se foi
Perdeu-se no tempo
Desgastou-nos
Palavras, ofensas
Mágoas se firmaram
Bocas se calaram
Rostos pesados
Parecia não ter mais jeito
Seria nunca mais
Não voltaria mais
Até que o tempo
Majestoso senhor
Nos mostrou
Que tudo não passou
De simples lição
Que a vida também diz “não”
E o tempo...
Majestoso senhor...
Sempre diz sim
Principalmente ao “nunca mais”
Ana Paula Almeida
sábado, 28 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
Lúdico
E aquele menino de pouca idade
E anos diminutos de experiência
Estava lá discutindo o improvável
Firme nas atitudes
Lição a mim, preconceituosa
Rainha dos pré-conceitos
Mostrou-me centrado, adulto
A esperança de seus poucos anos
Um olhar encantador,
E anos diminutos de experiência
Estava lá discutindo o improvável
Firme nas atitudes
Lição a mim, preconceituosa
Rainha dos pré-conceitos
Mostrou-me centrado, adulto
A esperança de seus poucos anos
Um olhar encantador,
Que foi capaz de me prender
E se não me prendo a ele
É porque meus anos a frente
Minha idade um pouco além
Me deixa cheia de medo
Como os que crescem com os receios
E nessa brincadeira, criança sou eu
Com medo de um simples quarto escuro
Que esconde uma roda gigante
Capaz de me fazer voltar a infância
Sorrir aquele sorriso que me lembro ter dado
Deliciosa sensação...
Brinco de longe
Com suas palavras adultas
E seu olhar difuso
Brinco de voltar no tempo
De fábulas
Ele lobo
Eu chapeuzinho vermelho
Deliciosa brincadeira....
Ana Paula Almeida
25/03/2009
E se não me prendo a ele
É porque meus anos a frente
Minha idade um pouco além
Me deixa cheia de medo
Como os que crescem com os receios
E nessa brincadeira, criança sou eu
Com medo de um simples quarto escuro
Que esconde uma roda gigante
Capaz de me fazer voltar a infância
Sorrir aquele sorriso que me lembro ter dado
Deliciosa sensação...
Brinco de longe
Com suas palavras adultas
E seu olhar difuso
Brinco de voltar no tempo
De fábulas
Ele lobo
Eu chapeuzinho vermelho
Deliciosa brincadeira....
Ana Paula Almeida
25/03/2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
Busca
Pensei demoradamente sobre mim
Deixei para escrever não o que sinto
Mas o que sou
Se sou, se não sou
Qualquer coisa assim
Como um enigma, um mistério a desvendar
Mistério meu mesmo
Bem, comecei a pensar em mim
Desde as quadras da infância de sonhos belos
Da adolescência de planos e ansiedades mil
Tentei me reconhecer adulta,enfim
Não foi fácil, porque talvez tenha me perdido
Junto aos sonhos que ficaram pelo caminho
Jogados ao chão a cada escolha
A cada esquina do destino
Ainda tento me achar
Devo me apresentar adulta aos meus sonhos
Que continuam como os de outrora
Me enxergo adulta,é claro
Mas não me sinto assim
Meu coração insiste na crença do amor verdadeiro
Na sutileza das palavras
E na gentileza das ações
Eis a minha questão:
Não me descubro pois minha alma não é daqui
Como me reconhecer se não encontro espelhos?
Minhas ações sim cabem nessa realidade
Já que de sofrer consegui reagir ao mundo
Mas minha alma....
Essa não é daqui!
Ana Paula Almeida14/03/2009
Deixei para escrever não o que sinto
Mas o que sou
Se sou, se não sou
Qualquer coisa assim
Como um enigma, um mistério a desvendar
Mistério meu mesmo
Bem, comecei a pensar em mim
Desde as quadras da infância de sonhos belos
Da adolescência de planos e ansiedades mil
Tentei me reconhecer adulta,enfim
Não foi fácil, porque talvez tenha me perdido
Junto aos sonhos que ficaram pelo caminho
Jogados ao chão a cada escolha
A cada esquina do destino
Ainda tento me achar
Devo me apresentar adulta aos meus sonhos
Que continuam como os de outrora
Me enxergo adulta,é claro
Mas não me sinto assim
Meu coração insiste na crença do amor verdadeiro
Na sutileza das palavras
E na gentileza das ações
Eis a minha questão:
Não me descubro pois minha alma não é daqui
Como me reconhecer se não encontro espelhos?
Minhas ações sim cabem nessa realidade
Já que de sofrer consegui reagir ao mundo
Mas minha alma....
Essa não é daqui!
Ana Paula Almeida14/03/2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Desconstrução
E quando a vontade que tenho de ser diferente, de fazer diferente, não me deixa enxergar que já me vêem diferente
E quando quero enxergar gentileza no mundo, não enxergo os mais gentis e simples gestos do pequeno mundo ao meu redor
E quando desejo um pouco mais de solidariedade nas ações das pessoas, não sou solidária o suficiente para explicar a quem deseja me ouvir, o que realmente espero do mundo
E quando penso que estou no caminho certo, não paro para ouvir as orientações de quem já viveu o que vivo e enxerga o mundo de um outro ângulo
E quando tento fazer algo e não consigo da forma como planejei, não consigo enxergar a forma mais fácil e prática de realizar o que desejava
E quando penso que agrado com soluções práticas e dinâmicas, não paro para ouvir e entender que agradaria realmente se parasse, ouvisse e me calasse
E quando me armo com argumentos, explicações, cálculos, teorias e me esqueço de que uma pitada de bom humor regada a uma boa risada abre portas para oportunidades impensáveis, não me lembrando que o lúdico é o melhor caminho para evitar as rugas
E quando planejo minha vida dez anos adiante e me esqueço de planejar à tarde que está por vir, tarde esta que poderá definir como estarei amanhã e depois e depois, até chegar à década desejada vivendo cada dia como se fosse o último.
Alguns hábitos, pensamentos e comportamentos que construímos ao longo dos anos, e que nos deixam cegos para o melhor da vida, o mais simples (enxergar além do que estamos acostumados) precisam ser DESCONSTRUÍDOS, com a mesma rapidez que construímos o que não nos faz bem.
Ana Paula Almeida06/03/2009
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