sexta-feira, 13 de março de 2009




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Pensei demoradamente sobre mim
Deixei para escrever não o que sinto
Mas o que sou
Se sou, se não sou
Qualquer coisa assim


Como um enigma, um mistério a desvendar
Mistério meu mesmo
Bem, comecei a pensar em mim
Desde as quadras da infância de sonhos belos
Da adolescência de planos e ansiedades mil

Tentei me reconhecer adulta,enfim
Não foi fácil, porque talvez tenha me perdido
Junto aos sonhos que ficaram pelo caminho
Jogados ao chão a cada escolha
A cada esquina do destino

Ainda tento me achar
Devo me apresentar adulta aos meus sonhos
Que continuam como os de outrora
Me enxergo adulta,é claro
Mas não me sinto assim
Meu coração insiste na crença do amor verdadeiro
Na sutileza das palavras
E na gentileza das ações


Eis a minha questão:
Não me descubro pois minha alma não é daqui
Como me reconhecer se não encontro espelhos?
Minhas ações sim cabem nessa realidade
Já que de sofrer consegui reagir ao mundo


Mas minha alma....
Essa não é daqui!


Ana Paula Almeida14/03/2009

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