Carrego no bolso algumas frustrações
E na alma, a vontade de partir
O peito é hotel de emoções indisciplinadas
Posso ainda errar, mas posso também voar
Tentar tocar um coração com reservas
Mas também conhecer mais o meu, destemido e incorrigível
Amar quem não me ama,
Mas também ensinar o caminho da permissão
Posso até não ser o que desejei
Mas posso, ainda ser a que me satisfaz intimamente,
Bem lá no fundo, naquela parte de mim que só eu visito
Com entrada vip, conhecedora daquela que não fui, mas que desejei
Mesmo diante do improvável sensato,
Da impossibilidade real
Ainda não conseguindo ser o que esperaram de mim,
Tenho aqui, guardados como souvenirs segredos singulares
O que afaga a alma, dá o brilho efêmero e indizível aos olhos
Desta sonhadora que sempre fui e serei
Tenho em mim a solidão companheira desde as quadras da infância
Que me faz repousar em versos tristes e libertadores
Uso de palavras afrodisíacas para o meu prazer mais solitário
Ainda aqui, bem dentro de mim
Trago comigo o silêncio necessário a sapiência que tanto almejo
Solidão que nenhum namoro ou casamento poderão levar
Se ainda não me alcancei, não sei
Sei que permaneço Fernando Pessoa,
Tendo em mim todos os sonhos do mundo
Ana Paula Almeida
2 comentários:
...lucido atinge o imtimo da linguagens transformando o ser numa corrente dialetica do vim a ser...que saudade de te ouvir em veros,teus poEMAS é para ouvir como os olhos e sintir com delicadeza da pele
MARLOS PEDROSA
...lucido atinge o imtimo da linguagens transformando o ser numa corrente dialetica do vim a ser...que saudade de te ouvir em veros,teus poEMAS é para ouvir como os olhos e sintir com delicadeza da pele
MARLOS PEDROSA
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