sábado, 30 de agosto de 2008

Angústia

Teu silêncio me sufoca
Teu silêncio me apavora

Não sei se vou embora
Não sei se faço “hora”

Teu silêncio me angustia
Teu silêncio me enfastia

Me tira a alegria
Deixa nublado meu dia

Teu silêncio é assim,
Um desespero sem fim

Meu sorriso desaparece
Minha alma desfalece

E antes que eu comece a minha prece
Eu desapareço
Sumo sem deixar endereço

Pois sei que não mereço
Teu silêncio covarde
Teu semblante egoísta

Não me peça para compartilhar
Desse momento
De puro desalento

Deixo contigo tuas ações
Tuas lamentações
Insinuações patéticas


Teu silêncio, meu caro,
É agora só teu!


Ana Paula Almeida

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