terça-feira, 28 de outubro de 2008










Vieste

Vieste com todo seu jeito
Sem jeito a me agradar

Vieste com tua delicadeza
De ouvidos a postos

Olhar compreensivo
Sem julgamentos

Sem olhar o passado
E quando vi, o dia havia ido

Meus olhos se puseram a acompanhar-te
Abriram-se para o mais puro dos sentimentos

Vieste na hora certa
No momento exato

Vieste ao meu coração como um presente
Chegaste me mostrando que o certo vale a pena

Que triste é ter alma pequena
Sua grandeza de alma foi minha luz

Para o melhor dos outros
Para o melhor de mim

Deixa eu dizer que és admirável
E que tens a simplicidade dos grandes


Vieste como um presente completo
E tão rápido quanto teus dedos na cordas


Já me ensinaste mais que imaginas
Mais que eu pudesse imaginar


Ana Paula Almeida
28/10/08
(baseado na música “Vieste” de Ivan Lins)







































terça-feira, 21 de outubro de 2008


Voar

É!
Voar
Eu queria

Adoraria
Sair daqui
Libertar-me

Não estar aqui
Desprender
Dos pequenos

Tarefas mínimas
Importância máxima
Dada a tudo

Não é assim
Mas não enxergo!
Não daqui de baixo

Um vôo só
Minutos
Para ver de cima

Minha existência
Sem maiores prazeres
Vivo?

Voltaria com outro ar
Desejaria voltar?
E se gostasse...

Risco
Liberdade de pássaro
Sem rumo

Horas
Cobrança
Mostrar-me aos outros

Um vôo só
Me ver de lá
Sair do pouco


Ana Paula Almeida
21/10/2008

domingo, 12 de outubro de 2008















Valioso tempo

Parei para ver o tempo passar
Uma criança sorrir
O sol se por

Parei para ver meus pais
Como ficam as pessoas após minhas explosões emocionais
Parei para reconhecer
Para pedir perdão

Parei para tomar sorvete
Sentir o vento no rosto antes da chuva
E tomar banho nela com a sensação
De alma "lavada"

Parei para procurar o que o dinheiro não compra
E que dá verdadeiro prazer
Um sorriso
Visitar um amigo

Parei para ajudar o próximo com uma palavra de ânimo
Para descansar sem fazer cálculos do salário
Andar de bicicleta
Dar bom dia com cara de “bom” dia de verdade

Parei para pensar que quero escrever tudo isso
Daqui a alguns anos como uma confissão
Então não terei vivido em vão!


Ana Paula Almeida
13/10/2008

Não mais


E sabe o que mais,
Caros especuladores de minha simplória vida,
Não planejo mais
É isso! "Planos, pra que te quero"?
Não dava certo mesmo
Permanecem os que já havia mentalizado
Fica agora o acaso
Por conta do que virá

Isso, não planejo mais
De que me adianta?
Chega de frustrações

Então, eu programava tudo
Aonde ia, com quem, porque, pra quê
E tudo, pra quê?

Eu assustei com minha vida programada
E é claro, que quando fazia isso,
Inevitavelmente o "inevitável" vinha
E quer saber?
Me surpreendia
E na maioria das vezes, positivamente

Aquele alguém que parecia improvável,
Fora dos padrões dos meus “projetinhos”
Uma proposta sem explicação
Que no final era boa
Um gesto de gentileza de quem eu menos esperava

Por isso, caros acompanhantes de minha pífia vida
Não me programo mais
E aí? Tanto faz
É consciência tranqüila
Fazer o bem
Olhar ao Poderoso com temor
E seguir... sem programar

Se não der...
Não havia programado mesmo...
Sem frustrações, expectativas
Se certo, não sei
Agora é!


Ana Paula Almeida
13/10/2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008











Indecisão













Aqueles olhos
Não sei, se meus, se dele
Aqueles olhos me fazem esperar
Desistir, pensar, enlouquecer

Aqueles olhos me dizem que:
Devo ir
Vir
Tentar


E no fim
Desvio o olhar
Medo de errar
Não ser
Não arrisco


Aí não durmo...




Ana Paula Almeida
06/10/2008




Pronto
Agora voltou tudo ao normal
Anormal como era antes
Não ter alguém
Não ser de outro
Ser minha
Estar na minha


A eles parece estranho
A mim não!
Perfeitamente normal
Egoísta que seja
Melhor que não valer a pena
Amar sem se dar, apaixonar, enlouquecer
Prefiro a frieza do meu eu
A solidão de ser eu e só


E preciso não estar só?
Mal acompanhada seria o ideal? Normal?
Sei lá, se não sentir não vai mesmo
Prefiro terra de ilusões
O sonho perfeito
O amor latente das noites escuras com meus fantasmas e planos


Se vier, que venha e me arrebate, me leve
Frieza, chega a minha
Rosto sem força, emoções presas
Racionalidade e realidade de quem sabe
E nada sei, realmente nada sei
E nessas horas, mais perdida que nunca estou
Esperando,esperando....
Até que tudo volte ao normal
Normal?


Ana Paula Almeida
06/10/2008

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pouco

Algo que me marque
Me tire do sério
Dessa seriedade monótona
Dos dias de alma vazia
Um milhão de coisas a fazer

E o que me dá prazer?
Quero ainda um resfriado
Algo que tome meu corpo
Mas que me faça sentir

Vida, paixão
Que me arrebate
Ainda que por instantes

Mas que eu não esteja mais lá
Sorrir o sorriso dos inconseqüentes
Planejar o que dá frio na barriga

Que me tome
Arrebate
Ouse

Me tirar....
Me atirar
Sem pensar

Viver... e só!
Minutos, anos
Sei lá
Viver... quero pouco?

Ele


O que é que ele tem?
Me perguntaram
Ele perguntou
Pois bem,
O que é que ele tem?

Não entenderiam
A maioria destes sem visão de alma
Realmente não me compreenderiam


Mas eu enxerguei
Aquilo de mais belo que um ser pode ter
Sabem o quê?
A alma

É! Isso mesmo
Alma nobre
Sobrenome, bens, imóveis, não!
Alma mesmo, aquelas virtudes quase extintas


Pessoa mais linda desse mundo
Sente, ele sente!
Não é indiferente ao mundo
Embora revoltado com ele pareça ser

Pra mim é especial
Faz bem estar perto
Enxerga além,
Apesar de não ver sua grandeza

Dá vontade de pegar no colo
Dizer que estou ali
E apesar de ainda estranha
Quero estar perto, pegar no colo...



Ana Paula Almeida
12/09/2008 00:32

domingo, 31 de agosto de 2008

Teus olhos





Olhos do meu amor
Infantes, encantadores!
Trazem os meus presos
Roubados desde o primeiro encontro
Encontro de encanto

Olhos do meu amor
Neles deixei meus planos perfeitos
Castelos de areia e nuvens de algodão
Neles ficaram meus tesouros destroçados
Meus combates sem êxito


Olhos do meu amor
Neles me perdi,
me encontrei
Deles não me interessa sair


Sou princesa presa por opção
No jardim desse amor
Segura em teus braços


Dependente do teu olhar
Habitante desse nosso mundo
De prazeres surreais!

Ana Paula Almeida28/06/07

Lembretes













É preciso não esquecer nada:
nem os sorrisos, nem os olhos brilhantes
nem a palavra, nem o silêncio exato

É preciso não esquecer os sentimentos
Chorar e sorrir se preciso for
Mas nunca esquecer o amor


É preciso esquecer as palavras doloridas
Os erros inevitáveis
E o orgulho insistente


É preciso não esquecer de ver a nova pessoa
Que nasce depois do erro reconhecido
Reconhecer os belos momentos vividos


O que é preciso é esquecer
O dia carregado de atos
Observar o céu de sempre como novo
E não esquecer nosso rosto


O que é preciso mesmo é viver cada dia
Como uma nova chance
Recomeçar sempre com amor renovado


O que é preciso é ser como se já não fôssemos
Amar incondicionalmente
Pois o resto... o resto não nos pertence


Ana Paula Almeida

Desalento


Minha alma desfalece
Ainda que talvez precocemente
Desisto de ti,
meu amor impossível
Possível ser sentido, já vivido...

Impossível amar-te mais
Meu pranto é sutil
O céu não me parece mais anil
Minhas nuvens de algodão perderam-se
Em meio ás minhas ilusões


Te trouxe, te criei, amor perfeito
Agora te levo
Despeço-me com pesar
E a consciência
De que irei agradar


Agradar meu mundo real
Desapontar meu coração
Que lamenta tua partida
Abandonado, decepcionado...


Triste é ficar sem ti
O coração fica apertado
Meu peito enciumado
Sofre calado
A dor de um amor que se perde


Nas impossibilidades dos princípios
Da ética, dos bons costumes
Da moral, da infelicidade de ser
‘Politicamente correto”

Fico pensativa, divagante
Perdida com tua falta
A lacuna que há em meu peito
O vazio, é seu lugar!

E as lágrimas que choro
Ninguém as vê cair dentro de mim
Calma, calada, branca e fria
Desfaleço solitária...

A dor de um amor que inquiri
Sem responsabilidade
Sem falsidade
Com toda franqueza e fragilidade

Com a inocência de uma criança
Amor singelo
Sentimento belo
Nunca experimentado antes

Paixão é vida!
Nesse momento, morro...


Ana Paula Almeida27/11/06 11h25

Retrospectiva

















Em você vi meu riso,
Dia primeiro, e foi o primeiro que me prendeu
Sem nada a dizer, prometer
Sem frases prontas

E eu, não sei se esperta ou tonta, não me de conta
Já estava entregue, sem planejar
Inquieta, não te deixei mais
Chamei calada na solidão sempre presente

Incomodei minha razão
Satisfiz meu coração,
E fui em frente, sem perceber, lutei
Batalha disfarçada

Ligações ditas despretensiosas,
E-mails, mensagens
A tecnologia a meu serviço
Meu desejo sempre á frente

A razão incomodava, mas não impedia
Mais tarde, momentos de crise
A razão, sempre a razão tocando a consciência
Ainda assim, continuei...

Descobri então, um amor diferente
Que me mudou completamente,
Comportamentos, objetivos, idéias
A felicidade mostrava a cara

Resolvi então “me permitir”
Piscina, céu, estrelas...
Ah! Corumbá de prazeres e sorrisos
Depois disso, amor, descoberta, amadurecimento.

Aí então, Formosa de afirmações
Chácara de certezas,
E já não eram mais os lugares, era o amor
Independente do dia da semana, hora, local

Foi dia primeiro,
Os olhos que me prenderam
O rosto que jamais esquecerei
O homem que me faz feliz!

Flor
07/10/07

Partida


Se te dei meus sonhos cor-de-rosa
Se construí meus castelos sobre teu peito
Se me perdi em teus lindos olhos
Se minhas pernas ainda estão entre as tuas
Me diz agora com que pernas posso partir?


Se nas noites a ti me entreguei
Se meu corpo clama tuas mãos
E se as minhas só desejam tua pele
Agora me conta como hei de partir?


Se ao te conhecer tua fui
Se ficou para trás a solidão
E contigo fui amor, amada, amante...
Agora me conta como hei de partir?


Fiz tantos planos,rompi com meus peconceitos
Se para ti escancarei meu peito
Como, se nos amamos da forma mais bonita
Me diz agora como posso partir?

Se dei meu coração para tomares conta
Se já perdemos a noção da hora
Se juntos ouvimos Chico,fomos cúmplices
Agora conta como hei de partir?

Se fiz do meu caminho o teu
Diz por onde devo seguir
Se meus pés ainda estão no teu chão
Me diz pra onde é que ainda posso ir?


Se jogaste nossa história num livro de memórias
Diz-me agora onde me encontrar
Como ir se ainda não tenho a mim
Rompi com mundo, joguei fora o que tive outrora
Me diz pra onde ainda posso ir....


(baseado na música EU TE AMO Tom Jobim/Chico Buarque)
Ana Paula Almeida 18/11/2007

Dessa vida quero pouco



Ainda um amor que não valha a pena
Mas não a solidão

O sofrimento (inevitável)
E não a melancolia


Mesmo um resfriado,
Me sentir fraca, mas sentir

Não a indiferença
Paixão passageira, mas sentir

Raiva, repulsa.. sentir
Amor, incondicional

Sentir a vida.....................................

sábado, 30 de agosto de 2008

Agradável como o vento ( ao primata)















Leveza, ousadia...
Um ar de descompromisso
Amanhã? Será amanhã, só isso!

Um vento no rosto
Um beijo esperado
Alma livre

Como o vento que batia em nosso rosto
Futuro? Não sei no que vai dar
É um duro, isso eu sei

Mas não é desses esnobes
Que embora grana tenham
São pobres de conteúdo
Querem mandar no mundo

Mas são inseguros
De si, dos outros
Compram atenção

É sempre um não ter tempo
Não dar importância
Ao pôr-do-sol encantador


É essa vida, meu caro
Sempre faltando algo
Em alguém

E nós sempre insatisfeitos
Com o muito que temos
É tudo menos, nunca mais

E a leveza da vida
As idiotices que nos fazem rir
Deixamos ir com um sorriso sem graça

Ele te uma mochila,
Ele me faz rir
Sentir a leveza do vento

Mas e daí se não vai dar
Já deu, minutos infinitos
Lebranças boas dessa exstência efêmera

E nada mais rápido que viver
Rápido como a velocidade do vento
Que acariciava meu rosto

Um presente naquele dia monótono
Pensado eu ainda não havia
Não acertaria se tentasse imaginar

E agora?


Explique ao meu coração que não sou mais aquela
Que você mudou
Que tem outro amor

Explique a ele que o tempo passou
Não somos mais os mesmos
Que os planos são diferentes

Lembre-o que aquela amizade gostosa já se foi
Que hoje é pura diplomacia
Relacionamento civilizado, desses que os outros esperam de nós

Diga a esse sonhador
Que não somos mais aquele casal “perfeito”
Que os passeios na praça já não existem

Ele ainda se lembra de nossos sorrisos
Do gosto simples da sorveteria num final de tarde
Do banco da praça e nós dois sem graça

Sabe, ele não entende que se foi aquele tempo
Insiste agora em recordar os momentos bons
Teimoso! Ele reclama teu lugar

Ainda não ocupado
Tentaram, depois de você...
Breves romances

Mas ele insiste que esse lugar é teu
Me faz lembrar de ti a cada amanhecer
E me convencer de que tem que ser você

Explique a ele...

Sentimentalidades























Sabe amor,
Tenho me sentido sozinha
Já pedi á Deus me desse um companheiro
Que tirasse você do meu pensamento, do meu coração
Já que sozinha não consigo
Tentei, confesso que tentei várias vezes e fracassei!
Ensaiei várias despedidas
Tentei não te ligar
Tentei não te atender
Tentei te esquecer...
Mas quando vi, amor
Tinha esquecido de mim

Não sei porque, mas “Ele” não me atendeu
Só então percebi, o quanto me faz bem
O que sinto por você
O quanto me mantém viva
E como é puro o que sinto por você
Outro dia, conversando com uma amiga
Descrevendo o que você significa pra mim,
Ela fez uma observação, disse que meus olhos
Estavam brilhando enquanto falava
Disse ainda a impressão que teve era que o sentimento
Que tenho por você parece me fazer muito bem
Ela tem razão, querido
Um amor assim é de orgulhar de sentir
Gosto de você assim mesmo como és
Sem ajustes, pois meu sentimento por ti
É só meu, e só depende de mim
Eu o criei, o alimento...cultivo aqui esse tesouro

Ás vezes, é difícil, confesso
Difícil não te ver
Sentir vontade de ouvir sua voz e
Não poder te ligar
Seguro meus desejos, fico com o peito apertado
Aí então te busco através do meu desejo
Dos meus pensamentos
Te ponho em meus versos, e ficas aqui comigo
Te sinto a cada palavra que escrevo
A cada verso dilata todo meu sentimento
Esse momento, amor
Transcende todos os meus princípios morais, éticos
Nesse momento, minha paixão

Sou tua, deliberadamente apaixonada

Felizmente, ou infelizmente, aprendi a ser só
Aprendi a te ter de longe
Te amar assim, á distância
Com o coração escancarado
E os meus desejos...
Tento discipliná-los


Sabe amor,
Tenho andado carente
Carente da tua presença que nunca tive
Carente da tua voz, teu sorriso
Meu coração te busca, sempre que me sinto assim
Teimoso, sempre apela para você
Mesmo tentando fugir, ele me leva á você sempre
E, inevitavelmente me agarro ao que sinto por ti
Ainda sem futuro, ele te elegeu como meu
Por quanto tempo não sei, realmente não sei
Talvez até amanhã, talvez para sempre

Talvez eu prefira você assim
Nos meus sonhos
Senhor dos meus versos
Perfeito em minha doce utopia
Talvez eu prefira você assim
De longe
Longe das tuas imperfeições
Longe das minhas imperfeições
Lindo em meu sonho
Livre em minha imaginação

Tenho uma só certeza, sinto o mais belo dos sentimentos
Casto, desinteressado, independente do que sentes por mim
E me faz bem, essa é outra certeza que tenho
Me faz imensamente bem
Até o amor de “mão única”, sem futuro,é melhor que a solidão
Vi uma vez num grafite em um muro em algum lugar, a seguinte frase: “ Um minuto de silêncio para quem não conhece o amor”.



Meu sentimento por você me faz sorrir
Enobrece minha alma
Enriquece meus dias

Sabe amor,

Tenho me sentido só,
Tenho com quem falar,
Mas pra conversar, desejo você...

Tenho pessoas ao meu lado
Mas quero teu colo

Enxergo muita gente,
Mas o que quero mesmo, é te ver

Dou risadas por instantes
Mas é o teu sorriso de menino que me diverte

Tenho companhia
Mas falta tua cumplicidade

Tenho desejos...
Anseio sua presença...

Tenho agora, amor...
Palavras que me permitem sonhar
E me levam até você.

Ana Paula Almeida
05/12/06

Nova amiga de infância (a querida amiga Adriana)











Um sorriso agradável
Um coração que se mostra

Ela se faz presente
Alegra quem a vê

Sua alegria é imensa
Contagia,
Dá vontade de rir junto,
Mesmo sem saber o motivo

É daquelas que quando se acaba de conhecer
Se tem a sensação de que
É amiga de infância

Firme e sensível
Sonhadora e lúcida
Extravagante e ponderada
Sabiamente franca

No exagero do equilíbrio,
É especialmente
Agradável

Daquelas pessoas que se deseja
A presença sendo o momento
Bom ou ruim
Íntima das palavras
Usa-as com sabedoria

Daquelas pessoas que são um presente
Que chegam sem avisar
E no final, faz toda a diferença
Ter conhecido

Adriana talvez tenha um outro significado.
Mas pra mim, é um presente!

Ana Paula Almeida
21/12/06

Escoderijo




Anseio


Nesses dias tristes
Anseio tua presença
Teu sorriso delicioso

Nesses dias tristes
Quero colo
Desapareço

Sumo em meio a tantos sonhos
E me canso de sonhar
Desejo você aqui

Daquele jeito, sem jeito
O sonho não mais me alcança
E tudo o que tenho ponho na balança...

O que tenho
O que fui
O que sou

Vejo, então que não deixei o berçário!
Surpreendo-me com minha doce infância
Descubro-me no mundo infantil da imaginação

Escrevo versos livres;
Livres como minha imaginação nos tempos de criança,
Quando tudo o que chegava a meus ouvidos
Rapidamente era imaginado

Com a liberdade da mente
Ainda desobediente
E deliciosamente solta

Sem as garras do medo
Longe da hipocrisia, da moral;
Distante dos bons costumes
Que de bons não tem nada!

Nesses momentos...
A nostalgia me toma por completo


Desejo aquele sorriso que me lembro ter herdado na infância
Desejo ser livre
Assim como fui
Lá nas quadras da infância


Ana Paula Almeida
07/12/06

Adorável Estranho


Quem é esse cara?
Que chegou assim
Sem jeito
Ocupou um lugar
Em meu peito

E não tem mais jeito
Tento disfarçar
Tirá-lo daqui de dentro
Desviar o pensamento

Tudo em vão
No fundo
O que quero mesmo,
É cair em seus braços
De coração aberto
Sem receio

Mas antes, amado
Dê-me as chaves
Para fechar meu coração
Preciso me encontrar
Na verdade, acordar

Antes que tenha que esperar uma vida
Até que eu perceba
Que não te tenho



Ana Paula Almeida

Versos vagos








Saudades de mim,
Sonhadora
Divagante
“Alice no país das maravilhas”

Daqueles versos
Repletos de hipérbole
Do gosto pela poesia

Da paixão latente
Do amor ausente

Saudades de mim,
Libérrima
Lírica

Ainda guardo forças
Para um recomeço...

Ana Paula Almeida
23/11/06 17h11

Sem saber


Ainda não sei,
Não sei agora
Ainda não sei se saberei

Não sei mesmo
Penso comigo
Se saberei

Penso comigo
Que prazer é esse de escrever
O que não sei

Ainda não sei se saberei
Se partirei
Se me encontrarei

E de não saber, vivo
Vivo sem saber
Ás vezes sem crer

Me alimento dessa ignorância
Me perco na indecisão
Se saber ou não

Estar ou não
Ser ou não
Ser, estar, ir, ficar...

Realmente ainda não sei
Se sou amor
Se sou dor

O “se” da minha existência:
Se estou aqui
Ou se já parti

Não sei se escrevi
Porque escrevi
O que escrevi


Ana Paula Almeida
26/12/06

Reminiscências




Um anjo? Uma tentação?
És sem dúvidas a minha grande e terrível tentação....
Daquelas que se deseja ter
E quando se tem, deseja se livrar
Para tentar reencontrar o eixo
Reencontrar o eu perdido
O eu que se torna seu
Paixões são assim...
Um pesadelo que se deseja nunca mais acordar
É perder-se e não fazer o mínimo esforço para se encontrar

Me perdi em você, sem um convite seu...
Me perdi no que insisto sentir por você
Na confusão dos meus sentimentos
Na indecisão da minha razão
Teimoso sim, é meu coração
Que sem ter esperança
Não se cansa de investir em você
Como um adolescente inconseqüente, sem juízo nenhum

Ainda tento resistir, mas é delicioso te sentir...
Todas as noites, te ter aqui
Minha imaginação faz festa
Te trago sempre que quero
Sem pedir permissão
Sem restrições,
Te encontro, me perco, te acho...
Depois, de manhãzinha, meu amado
Você não vem...
Chega sim a realidade, junto com o sol escaldante
Seguido de um dia entediante, de falsas realidades
Pessoas “palpáveis”, mas sem o seu encanto surreal

És meu presente
Sem manual de instruções
Com o perigo de não saber manusear
Eu, com a ousadia de uma criança
Que insiste sem medo de errar
E persiste ainda que digam que não é possível
Ainda te tento, ignorando as poucas chances
Fingindo não ouvir minha consciência

Esse é meu coração,
Deliciosamente inconseqüente

Ainda guardo na lembrança
Seu jeito atencioso,
Olhos de quem procura entender...


Meu presente foi você
Que me deu instantes mágicos
E eu, com a consciência de que são só instantes
E a certeza que a beleza da vida é justamente esses instantes,
Mágicos, casuais, incontroláveis, deliciosamente proibidos
Incontestavelmente, vivi, senti você
Tremi, perdi as pernas, a assunto...
Uma felicidade insuportável

Um sentimento platônico,
Maravilhosamente imaginário, sem limites, sem censura
Esse é o meu diagnóstico
Desse modo me permito te ter
De longe, junto ás minhas nuvens de algodão
Aqui nos meus sonhos,
Habitante do meu mundo “perfeito”


A sua maravilhosa presença
Guardo na lembrança
As risadas gostosas
O jeito delicioso
Seu belo semblante
E a felicidade que me proporcionou...



Ana Paula Almeida (17/11/06)

17h37

Partida


Vou me embora,
Me despeço de ti
Antes que me despeça de mim

Vou me embora
Acho que já tarde
Quero aquelas tardes
Da época de criança

Sonhar, esperar o amanhã
Esperançosa
Aguardando ansiosa, o sol da manhã
Quero ainda sorrir
Aquele sorriso de criança

Inocente, despreocupado
Quero ainda, entusiasmo
Sorrir longe de ti,
Te deixar sorrir

Quero a adrenalina de um vôo rasante de uma gaivota
A sutileza de uma rosa
Preciso partir
Abandonar essa inércia
Aquecer meu coração
Preciso do novo
Me reinventar

Saber a hora de sair
A hora correta da despedida
Preciso ainda,
Te deixar ir
Para longe de mim...

Ana Paula Almeida 28/12/06

Medíocre
















Nada sabes sobre mim,
Nada sabes sobre o amor
Nada sabes sobre ti

Achas que podes viver só
Achas que só fiquei sem ti
Achas que és “a sétima maravilha do mundo”?

Esconde-se atrás dessa cara de mal
Esconde-se de ti
Esconde-se de seus ridículos

Vives a murmurar só
Vives a reclamar que és só
Vives deixando que se vão seus amores

Vives?
Existe?
Sonha?

Vives por ter esquecido de morrer!

Ana Paula Almeida
07/12/06

Indagações (aos que não são desse tempo)


Que ser é esse pouco á vontade
Que não tem vontade
De ver a verdade

A realidade desse tempo
Que não é seu tempo
Não agrada

Tempo que não é bonito
Tempo que não dá tempo
Das boas coisas

Pessoas desse tempo,
Perdem tempo á todo tempo

E as maravilhas daquele tempo
Perderam-se no tempo

Esse tempo não me pertence
Nesse tempo, não tenho interesse

Das modernidades desse tempo
Não entendo
Não tive tempo

O que conheço desse tempo,
Jogo ao vento
Tempo de desencontros

Contemporâneo tempo
De desamor coletivo
Egoísmo contagiante

Preferi perder
Preferi perder-me á me encontrar nesse tempo...

Sinto saudades...
Nostálgica, anseio o passado
Celebro o que se foi

E desse tempo
Não quero nada
Quero ainda o passado
Ana Paula Almeida dezembro 2006

Falsa alegria


Sabe aquele cara alegre?
Se esconde atrás do largo sorriso
Sociável
Simpático
No fundo, bem lá no fundo
É amargo
É calado
Guarda consigo
A mediocridade dos ignorantes

Vê aquele rapaz,
Que passa distribuindo simpatia?
Aquele do sorriso largo?
Em seu leito sofre calado
A dor do arrependimento
Cutucado pela culpa
Chora baixinho
Morre ao se encontrar
Todos os dias no espelho
Bem de manhãzinha

Antes de colocar a máscara
De garoto propaganda de creme dental
Se perde na imagem que vê de si
Tem medo de quem o conhece de verdade
Sem a fantasia de super homem,
Se despedaça na solidão de um apartamento
Afogado num mar de orgulho
Não pede socorro
Morre á mingua...

E no outro dia,
Ah! É outro dia,
Pra ele, só pra ele
A vida continua a mesma
Tristeza, culpa
Sequer consegue se suportar
Já para os outros...
Simpatia,só sorrisos
Mas por dentro, desfalece...
Por dentro, jaz!

Ana Paula Almeida 28/12/06

Então é natal

“Então é natal
E o que você fez?”
Um ano inteiro de injustiças
E no fim, no fim do ano
Se nasce outra vez?

“Então é natal
E a festa cristã...”
Papai Noel chegou
E Cristo?
Fugiu da memória dos cristãos!

Papai Noel, com seu saco
Que saco!
Vazio da realidade gritante
Traz consigo um espírito natalino
Com validade de uma noite
Aí então somos todos “bons meninos”


“Então bom natal
Pro rico e pro pobre...”
Ao nobre uma festança
Ao pobre, uma mesa farta
De esperança

Então bom natal
O ano termina
A miséria termina?
E as injustiças, cessam?

“O ano termina e nasce outra vez...”
E o que nasce?
Nasce um novo ano
Igualzinho ao velho

E o que morre
Morrem mesmo os errantes?
As injustiças?
Morre o desamor?




Ana Paula Almeida 26/12/06

Angústia

Teu silêncio me sufoca
Teu silêncio me apavora

Não sei se vou embora
Não sei se faço “hora”

Teu silêncio me angustia
Teu silêncio me enfastia

Me tira a alegria
Deixa nublado meu dia

Teu silêncio é assim,
Um desespero sem fim

Meu sorriso desaparece
Minha alma desfalece

E antes que eu comece a minha prece
Eu desapareço
Sumo sem deixar endereço

Pois sei que não mereço
Teu silêncio covarde
Teu semblante egoísta

Não me peça para compartilhar
Desse momento
De puro desalento

Deixo contigo tuas ações
Tuas lamentações
Insinuações patéticas


Teu silêncio, meu caro,
É agora só teu!


Ana Paula Almeida

Seqüestro

O vi de passagem,
Quase que por acaso

Encontro casual
Um oi e logo, um tchau

Mas de fato,
Ficou aqui
Permanece preso em mim

Um seqüestro
Sem previsão de liberdade
Sem direito á fiança

Juro que não queria te prender
Mas meu coração, querido
Insiste em desobedecer

Cabe á mim, agora
Te avisar que estás comigo
Comunicar que não partiu

Se tentares fugir
Eu já disse,
Meu coração é desobediente!


Ana Paula Almeida
21/11/06 17:53

Quase nada

Se eu puder sentir o vento em meu rosto,
Não terei vivido em vão;

Se eu puder ver um sorriso no rosto de quem amo,
Não terei vivido em vão;

Se eu puder amar e ser amada exatamente como sou,
Não terei vivido em vão;

Se eu puder aceitar as imperfeições dos que comigo convivem,
Ou mesmo ser aceita com meus defeitos e erros,
Não terei vivido em vão;


Ana Paula Almeida

Pouco

Basta ouvir tua voz
Para que minha angústia cesse

Basta saber que você se lembra de mim
Para que minha solidão desapareça

Basta, apenas que você exista;
Para que eu sonhe com você

Basta te imaginar, para me encantar!
Basta me lembrar para sonhar

Basta, apenas, meu bem...
Acordar para ver que não te tenho!

Ana Paula Almeida
07/12/06

Para falar de você

Para falar de você
Me encontro sempre
Tento me achar
E só assim te encontro

Para falar de você
Meu coração reclama
Se confunde, se ilude

Para falar de você
Passo por mim
Vasculho em meu peito
O que tenho de ti

Para falar de você
Me delicio com sua doce imagem
De homem perfeito, sem defeito,
Do jeito que sempre sonhei pra mim

Para falar de você,
Falo de mim...

Ana Paula Almeida
26/12/06

Permita-me

Me deixe cuidar de você...
Ainda que o tempo seja escasso
Com o coração em pedaços
Me deixe cuidar de você

Ainda que breve
Quero estar ao teu lado
Cuidar dos machucados
Criar contigo laços


Me deixe cuidar de você...
Do meu jeito, assim sem jeito!
Deitar em teu peito
Sentir teu coração bater
E sonhar que é por mim

Me deixe cuidar de você...
Assim pertinho de mim
Como se fosse só meu
Sem te dividir com todos

Seja só meu nesse momento
Deixe fluir o pensamento
E me encontre em teu coração
Faremos festa sem dizer não

Deixe-me cuidar de você, meu amor!
Sentir teu cheiro
Sorrir teu sorriso de menino
Aí então, amado...
Estarei feliz.


Ana Paula Almeida
12/2006



















Herança (a minha filha Vívian)

Desejo, minha flor
Que você tenha um grande amor
Se não eterno,
Que seja terno

Desejo, meu amor
Uma infância daquelas
Que nos acompanha o resto da vida
Que sejam doces as feridas

Desejo, minha querida
Que ame a vida
E o dia que não der
Consiga recomeçar no dia seguinte

Desejo, minha filha
Que os problemas te ensinem
Que reúna forças para se libertar da rotina
Que o horizonte te inspire a cada final de tarde

Desejo, minha amada
Que as lágrimas que por seu rosto descem
Te faça ver a seriedade da vida
E que não desanime dela
Ainda que difícil, vale a pena ser vivida

Desejo, ainda, minha vida
Que sejas querida
E se não der, seja verdadeira
Mesmo não agradando, é o melhor caminho

Desejo, também, meu coração
Ver teu sorriso, e sorrir junto com você
Ver tuas lágrimas e ter sabedoria para ajudá-la
E se não conseguir, chorar contigo

Desejo, meu tesouro
Te ter,e se um dia ficares longe de mim
Morar em teu peito
Ser lembrada, amada por ti;
Como mãe, amiga, cúmplice...

Desejo, minha luz
Que todo o amor que sinto por ti
Seja capaz de te proteger do “desamor” do mundo
Que meu amor não me impeça de ver teus erros
E corrigí-la, quando necessário.

Desejo, minha pequena
Que desejes tudo isso a quem amar
E que saibas amar;
Com sinceridade e caráter
De peito aberto e consciência tranqüila

Desejo, minha razão
Que saibas perdoar da boca pra dentro
Que saibas pedir perdão de todo coração
Que sonhe ao ouvir uma canção
E tenha a alma livre dos poetas

Desejo, meu presente
Que eu parta contigo em meu coração
Com a certeza de ter feito o melhor por ti
De ter sido amada e admirada por você!

Ana Paula Almeida
07/12/06

Em dias assim...

Em dias assim, a melancolia impera
A tristeza não me abandona

Em dias como esse...
Sou pequena
Sou nostálgica
Insuportavelmente triste

Nesses dias,
O sorriso não sai
O silêncio prevalece
A vida outrora bela,
Desfalece

Meus versos são tristes
Minha boca amarga
Meu sorriso sem graça

Mórbida, fria...
Não sei disfarçar
Me falta alegria

Dias como esses
Deviam ser breves
Ter o tempo suficiente
Para ensinar-nos a valorizar
Os dias bons

Em dias assim,
Deseja-se desesperadamente
O pôr-do-sol
O silêncio noturno
Um amanhã diferente...

Ana Paula Almeida
23/11/06 16h21

Auto-retrato (2006)

Eis-me:
Amo Chico Buarque.Adquiri o hábito de ler, ainda que muito lentamente.Devaneio ao ler contos.Me divirto com Veríssimo. Sou cinéfila.Gosto de teatro.Não gosto de música sertaneja.Amo música popular brasileira.Ainda acredito no amor.Gosto de poesias.Me identifico com o poema “retrato” de Cecília Meireles.Ainda espero um cara romântico.Já chorei.Amei.Decepcionei-me.Sou sonhadora.Quero me apaixonar de novo.Sonho com um príncipe.Sem cavalo branco.Imperfeito,mas sincero.Detesto pessoas prepotentes.Repudio homens covardes.Tenho vencido as adversidades.Não votei no Lula.Sonho com um Brasil número um em educação.Tenho poucos amigos.Amo esses poucos.Sou indisciplinada.Tenho péssima memória.Quero ir a um show do Chico Buarque.Um dia vou ao Rio de Janeiro com minha filha.Tenho orgulho de ser mãe.Tenho orgulho da minha mãe.Quero um dia,conhecer a Índia.Minha mãe acha que preciso me casar.Pretendo comprar uma bicicleta.Adoro presentear. Demoro ao telefone.Gosto de comédia francesa.Adoro romance.Não gosto de cachorros.Como chocolate em demasia.Adoro cheiro de terra.Amo minha filha.Me sinto criança toda vez que ando descalço.Gosto de subir em árvores.Detesto futebol.Preciso emagrecer.Não consigo fazer dieta.Adoro subir em árvore.Gosto de circo.Sou infantil.Acho cerveja muito amarga.Gosto de vinho.Tenho dificuldades em acordar cedo.Aprendi a pedir desculpas.Sou fiel a quem amo.Não consigo mentir e olhar nos olhos ao mesmo tempo.Já quis ser bailarina.Sou dispersa.Muitas vezes sou ríspida ao me expressar.Não ligo pra dinheiro.Aprendi a sorrir.Não quero trabalhar em jornal impresso.Adoro estudar.Não estudo em casa.Quero parar de assistir TV. Assisto a programas fúteis.Deixo de ler para ficar em frente á TV.Gosto de ser ouvida com atenção.Sou ansiosa.Interrompo as pessoas quando falam.Já fui triste.Aprendi a sorrir.Não tomo café.Sou tímida.Quero um dia viver um grande amor.Gosto de ganhar flores roubadas.Adoro surpresas.Queria ser mais ousada.Acredito no que me dizem.Um dia escreverei um livro de contos.Sonho com minha filha se formando.Sou carente de amizades.Já fui cinco quilos mais magra.Sou noturna.Estou sempre atrasada.Prefiro um bom papo a um monte de músculos.Me sinto velha para o meu tempo.Escrevo sempre que me sinto só.Me considero feliz.o sorriso da minha filha me deixa anestesiada.Choro ao assistir drama.Há pouco conheci Florbela Spanca.Me identifico com seus poemas.Pretendo aprender dança flamenca.Não conheço o mar.Viajo com o polegar.Falo sozinha.Preciso ir mais á igreja.Gosto de jornalismo.Entendo pouco de informática.Tenho saudades de receber cartas.Recentemente me apaixonei por alguns minutos.Quase infringi meus princípios.Como já disse, preciso de mais disciplina.

Ana Paula Almeida 11/2006

Reminiscências

Leveza, ousadia...
Um ar de descompromisso
Amanhã? Será amanhã, só isso!

Um vento no rosto
Um beijo esperado
Alma livre


Como o vento que batia em nosso rosto
E daí se não tem futuro?
É um duro, isso eu sei
Mas não é desses esnobes

Que embora grana tenham
São pobres de conteúdo
Querem mandar no mundo

Mas são inseguros
De si, dos outros
Compram atenção

É sempre um não ter tempo
Não dar importância
Ao pôr do sol encantador

É essa vida, meu caro
Sempre faltando algo
Em alguém

E nós sempre insatisfeitos
Com o muito que temos
É tudo menos, nunca mais

E a leveza da vida
As idiotices que nos fazem rir
Deixamos ir com um sorriso sem graça

Ele te uma mochila,
Ele me faz rir
Sentir a leveza do vento